O ano já começou, mas ainda dá tempo de pensar, planejar e realizar as suas metas e sonhos. Para te ajudar com esse projeto fomos conversar com a Carol Campos, uma pessoa super especial e uma verdadeira “fazedora”. Apaixonada por livros que falavam sobre finanças e desenvolvimento pessoal, Carol percebeu que esse tipo de literatura era, em sua maioria, escrita por homens e decidiu que era hora de um livro com esse mindset ser escrito por uma mulher e feito para outras mulheres.

Acreditando na força das conexões e na importância de compartilhar para o constante aprendizado, Carol Campos juntou o seu já existente projeto sobre leitura no Instagram (@f.a.z.e.d.o.r.e.s) com o de sua amiga Darla (@meninasde30) para escreverem o livro “Fazedoras”, que aborda o tema finanças pessoais.
Especialista em finanças e investimentos e atuante no mercado, Carol acredita que ter adquirido esse conhecimento logo cedo em sua vida foi transformador e, por isso, sentiu a necessidade de compartilhar um pouco com outras mulheres, dessa forma mais pessoas teriam acesso às informações que fazem toda a diferença na hora de se estruturar financeiramente.

JR: Carol conta um pouco pra gente da sua trajetória pessoal e profissional.
CC: Sou planejadora financeira e trabalho com gestão de patrimônio e investimentos há mais de 13 anos. Aos 25 anos decidi que era o momento de trocar de carreira. Saí da educação física e fui para o mercado financeiro. Essa mudança me trouxe muitos aprendizados, crescimento e independência. Na prática aprendi o que nem a escola ou a faculdade ensinam - como cuidar do meu dinheiro.

JR: De onde surgiu a ideia de criar o Fazedoras?
CC: O Fazedoras surgiu de uma collab da minha página de livros com a página da Darla Sierra. Convidei a Darla para escrevermos um livro de finanças pessoais, pois acredito que ter acesso a esse conhecimento foi transformador em nossas vidas, então, queríamos multiplicar essa mensagem. Quando estava arrumando a minha biblioteca observei que praticamente todas as minhas referências de livros sobre negócios, finanças e desenvolvimento eram escritos por homens e na hora surgiu o insight - um livro de atitude, desenvolvimento e mindset financeiro para mulheres, escrito por outras mulheres. Queríamos aumentar a nossa roda de conversa entre amigas, pois acreditamos que quando uma mulher se transforma, ela transforma toda a comunidade ao seu redor.

JR: Qual a maior diferença que você enxerga no caminho do empreendedorismo de uma mulher e de um homem?
CC: Os homens desde criança são educados para fazerem sucesso e as mulheres para serem bonitas. Palavras como ambição, negócios e dinheiro não eram coisa de meninas. A gente brincava de casinha, enquanto eles seriam os astronautas que conquistariam mundos. A maior diferença para mim vem daí, da criação, de incentivar e mostrar para as meninas que elas podem ser tudo o que quiserem!

JR: Muitas mulheres têm vontade de mudar de carreira, abrir o seu próprio negócio, tentar algo novo, mas a insegurança e o medo do desconhecido as paralisam. Qual você acha que é o primeiro passo a ser dado para sair dessa zona de conforto?
CC: O primeiro passo é começar com o que você tem. Vejo muitas pessoas falando que quando tiverem tempo, espaço ou dinheiro vão realizar aquele sonho de ter o seu próprio negócio. Empreender é se jogar, é tomar riscos. Claro que podem ser riscos calculados, mas você pode começar com o que tem, dentro da sua casa, com pouco risco e pouco dinheiro, sonhar grande e se tornar grande. Vários negócios bilionários que vemos hoje começaram dentro de casa, dentro de uma garagem. Não começaram em uma loja bonita, em um ponto bacana. Feito é melhor que perfeito. O que precisa é começar!

JR: E como se organizar financeiramente para essa virada de vida?
CC: Muitas vezes você vai começar a empreender em paralelo com o seu trabalho, até porque para um negócio crescer ele precisa de investimento. No livro “A marca da vitória” o Phil Knight, fundador da Nike, conta toda a dificuldade da sua jornada empreendedora para criar essa marca, que hoje é referência no esporte. Ele trabalhou anos em auditoria em paralelo com a Nike, pois o dinheiro que ganhava era o capital que ele injetava para a marca crescer e se desenvolver até o ponto em que poderia ficar de pé sozinha e ele pudesse largar o emprego. Outro exemplo que adoro é a Sara Blakely ,da Spanx. Ela também criou o seu produto em casa e, por anos, trabalhava vendendo máquinas de fax de dia, empacotava de madrugada e despachava de manhã as encomendas, até poder sair do emprego em que estava.

JR: Uma das metas de ano novo mais recorrentes é cuidar melhor do dinheiro. Como começar?
CC: A primeira coisa que deve ser feita é uma análise da sua realidade financeira. Muitas pessoas tem medo de enfrentar esse momento e ficam adiando essa importante mudança de atitude. Pegue um caderno e uma caneta ou se preferir faça uma planilha no computador e anote todas as suas despesas, absolutamente todas. Contas de casa, educação, alimentação, cheque, cartão, empréstimos, tudo o que você deve, incluindo as compras parceladas no cartão - caso você tenha.  As pessoas se surpreendem quando fazem esse exercício e conseguem enxergar com mais clareza para onde o dinheiro está indo. Para cuidar melhor do seu dinheiro, primeiro é preciso saber como você lida com ele.

JR: Para administrar melhor as finanças é preciso, necessariamente, aumentar a renda?
CC: Sim, ganhar mais te dá oportunidade de guardar mais, esse é um ponto importante. Temos que organizar o nosso orçamento de modo que sempre vamos pegar uma parte do nosso dinheiro e guardar para objetivos futuros. Primeiro pensando em ter uma reserva para emergências e depois pensando em um patrimônio rumo a nossa liberdade financeira. O grande objetivo de ter dinheiro guardado é esse, liberdade. A liberdade de poder fazer o que você gosta, trabalhar com o que ama, ter uma qualidade de vida melhor. Os seus investimentos geram uma renda todos os meses, mas a estrada para chegar nesse montante e viver apenas da renda, é longa. Agora, quanto mais eu guardo, mais próximo vou chegando desse objetivo.

Depois de ouvir falar em finanças não dá vontade de poupar e começar logo a investir o nosso dinheiro?

Se interessou pelo assunto e quer saber mais? Clique aqui para ter acesso ao e-book gratuito da Carol e da Darla, que vai ajudar a espalhar esse mindset. Você também pode acompanhar esse projeto pelo YouTube e Instagram. Vamos transformar o nosso ano e o de mais mulheres por aí!